terça-feira, 2 de novembro de 2010

Algumas mudanças (abstratas?)(é pra entender?)...


Sabe aqueles momentos que você para, olha para todos os lados, observa cada pessoa e cada ponto que compõe o lugar que avistas, de repente um “flash nostálgico” dar as boas-vindas e sem pedir licença puxa a cadeira da mesa que tu estás sentado e começa a participar deste momento que só refere apenas a ti.

Voce olha, repara e enxerga. Acima de tudo é preciso sempre enxergar e não apenas ver. Há o deparo de muitas mudanças, de retóricas, de pensamentos futuros que estão presente no presente. Enfim... Os pensamentos vem e na sua frente o “flash nostálgico” te recomenda que não esqueças o que já passastes, que tudo que fizestes estás a colher no agora e que estas ações passadas te darás algumas conseqüências no futuro das quais muitas mudanças vais colher.

Bizarro isso! Sem dúvida alguma! Algo abstrato senta na tua frente e conversa contigo. Conversa abertamente, onde você sabe que ele está sempre andando do teu lado, mudo, surdo, mas sempre ativo e altivo. E joga... joga na tua cara descaradamente as coisas que estão realmente acontecendo.

Não sei se isso pode significar um momento de maturidade, de reparação, de crescimento interno. Mas, assusta! Pelo simples fato que exibe o tamanho das responsabilidades que tu estás cativo daquilo que sempre conquistas. Que seja no mundo, que seja no conhecer, que seja no amor, que seja na família. É só você e acabou! Voce é aquilo que produz, fala, faz e conquista.

O pensamento continua na cabeça. Voce ainda sentado na mesa da lanchonete, com aquela criatura abstrata do teu lado tomando café e observando os teus próprios pensamentos. Mudanças de comportamento são exigidas, mudanças de opiniões, mudanças de paradigmas e mudanças de ações. Acima de tudo esta última. Ação! Tudo aquilo que você coloca em prática daquilo que defendes com unhas e dentes. Não que estejamos numa selva e desbravando o novo cenário que se forma em nossa frente. Mas, eu falo na defesa do que você acha e deixa de achar. Coisas simples, pequenas, mas que marcam tua tatuagem naquele lugar.

Voces entenderam que essa conversa acontece toda em pensamentos. Vale salientar isso! Qual o louco que iria ficar conversando com o seu “flash nostálgico” numa mesa de lanchonete?! Putz...isso não é normal. É coisa de doido! E eu não sou! Sou absolutamente normal e anormal com a casualidade da vida. Creio que por isso sinto-me muitas vezes um peixe fora d’água nas próprias casualidades da vida. A indignação e indagação são minhas lindas companheiras e pode acreditar, elas sempre são a causa das confusões que me meto.

Acho que vou embora. Pagar o café do louco abstrato que pousou na minha frente e ir logo para o meu trabalho, antes que alguma casualidade anormal aconteça e minhas amigas – indignação e indagação – apareçam e mudem o resto dos dias da minha semana com alguma confusão. Não estou com cabeça para isso. Preciso descansar meu espírito. Vou indo...

Jackeline Moreira.

sábado, 2 de outubro de 2010

A Eleição


Olá, meus queridos amigos (as). Amanha temos em mão uma grande responsabilidade pra realizarmos. Venho por meio deste e-mail conceber um pouco de discussão, em detrimento de alguns e-mails que recebi pedindo votos para a candidata Marina Silva.

Serei direta porque política requer tempo e muitas palavras para serem discutidas.

Pensem com muito cuidado e reflexão em quem vocês estão dando um voto amanha. Vejam os últimos debates e reparem no discurso de cada candidato (dica: deixem o MSN um pouco de lado e vejam os últimos debates no youtube mesmo!). Enfim, isso é o básico que podemos fazer em época de eleição. Analisar!!!

Minha opinião: Antes eu estava com o pensamento certo em votar em Dilma. Tenho muito apreço pelo Lula, pelo seu governo, mesmo tendo uma séria de coisas que sou contra. Votando nela, estaria votando em Lula. Não quero de todas as formas que Serra tenha chances. Ele pra mim é uma volta do FHC e não quero correr riscos de privatizações loucas acontecerem outra vez. Quem estudou em Cefet como eu, sabe do que estou falando. Passamos 3 anos estudando na base do medo e ameaças de privatização que o colégio recebia na época do então presidente Fernando Henrique.

Estive analisando os últimos debates e percebi que o mais coerente de todos é o candidato Plínio de Arruda (PSOL). Ele discute as coisas na íntegra e sem as ditas loucuras que as pessoas teimam em afirmar que os socialistas possuem. Ele é real! Diferentemente, da Dilma, Serra e Marina (essa não me entra nem atravessado)! O Brasil melhorou? Obvio que sim! Existem coisas que devem ser bem agradecidas aos manejos do Senhor Lula. MAS, AINDA ESTAMOS FOCANDO E MANEJANDO NA SUPERFICIALIDADE!!!! E o Plínio fala desta questão! Interroga os outros candidatos e os deixam sem saída de resposta. A maioria de todas as perguntas feitas a Serra, ele nunca responde. A Dilma foca no trabalho de Lula. A Marina é uma p... ECO-CAPITALISTA (só o cego e surdo que não ve que esta mulher é totalmente de direita capitalista), que está doida pra implantar o Turismo de Economia Sustentável e o Agronegócio Sustentável que tanto expõe nas suas propostas!! Isso não EXISTE! Isso são idéias embasadas em coisas superficiais! Em discussões férreas sobre Aborto, Legalização da Maconha e Religião – Marina, Serra e Dilma FOGEM! E jogam para o povo decidir na dita DEMOCRACIA! Isso é mentira! Isso é manipulação de discussões!!!! E vou ser sincera com vocês! Não vi o Plínio fazer isso, até porque ele que jogou essa batata quente para os outros candidatos, já para o povo ver qual seria o seu discurso. Que foi nenhum! Porque eu fiquei esperando e não teve nada!

Não deixemos que aquele discurso retrógrado sobre os socialistas, dizendo que são radicais, que vão transformar o país em uma ditatura, em Cuba e blábláblá... transgrida a nossa idéia de renovação! Nós, jovens, precisamos mostrar a nossa sede de mudança de lutas e gestão! O Brasil continua trabalhando de forma superficial e isso é fato! Quem estuda Arquitetura como eu e vê o projeto Minha Casa Minha Vida, sabe que isso poderia ser diferente e que as pessoas de classe pobre poderiam morar em habitações populares mais dignas e não como as que foram construídas no Conjunto Gervásio Maia em João Pessoa – PB.

Tenho plena realidade que o Plínio não ganhará. Daí vocês podem se perguntar: - Então, pra que a Jack tá pedindo um olhar especial em um candidato que está perdido? Os nossos votos são uma demonstração de mudança. As pessoas vão estar relatando que não querem mais ficar no superficial, no que as estatísticas revelam. Voces podem achar que isso é pouco, mas não tem noção do quanto isso muda na ideologia da nossa sociedade.

Estou mais uma vez me arriscando muito, falando sobre algo tão debatedor. Mas, não posso deixar de expressar as mudanças que desejo e que gostaria que meus amigos também desejassem em pró de um país menos desigual. Não estamos dando vez a um socialista maluco ou que só pensa em Reforma Agrária (muita gente acha que socialista só fala disso), vamos dar a vez e muito espaço a idéias que vão a fundo e que procurarão barrar com a tese: “Do rico mais rico e pobre mais fudido!”

Boas reflexões para amanha e um grande abraço a todos:

Jackeline Moreira

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quanto vale ou é por quilo?


Hoje à tarde vi um filme que me recomendaram há algum tempo. Por falta do próprio tempo e ânimo do meu espírito não o havia assistido. Enfim... Pra ver esta película é necessário um pouco de consciência e discussão social. Mas, muita discussão!


Mais uma vez o cinema brasileiro fixa seu aprofundamento social e bom trabalho com este filme. Quanto vale ou é por quilo segue o parâmetro da discussão da riqueza que o pobre rende. Um filme social, assim como, a Cidade de Deus, Salve geral, Verônica e entre outros.


Coloca-se em xeque o que é feito de realmente precioso para o desenvolvimento e inclusão de um povo que vive fora da vida e cidade digna. Isso existe de verdade? Qual o real papel das centenas de Ong’s que vivem sob a miséria dos outros?


O autor retratou uma ótima associação da escravidão e práticas de assistencialismo com o que acontece na atualidade. Empreendedorismo social! Essas são as palavras certas. Uns ganham, enriquecem independente do que estão vendendo – desenvolvimento ou ser humano e constroem organizações coorporativas que trabalham vencendo seus obstáculos capitalistas na miséria e (in) dignidade dos outros.


Por que o pobre, negro, discriminado, desempregado se volta contra o seu espaço e seus semelhantes? A condição. O homem neste fator se transforma em produto designado pelo meio que vive. Justificativa totalizada? Nunca! Mas, não deixa de ser algo explicativo.


Sergio Bianchi fez exibir o que nosso Brasil faz e não mostra nos bastidores o que acontece. Infelizmente, vemos apenas ser relatada a parte bonitinha “da vontade em ajudar o pobre”. Kkkk! Para que deixar a comunidade informatizada, democrática e consciente dos seus direitos? Assim, pobre não rende. Vem aqui, toma 50 reais, um par de sandálias e fique feliz! Esse é o método.


Alguém se lembra de discutir alguma vez sobre isso? Qual o papel da Igreja, do Criança Esperança, corporações que trabalham em favelas? Alguns funcionam? Pode até ser... Olhe lá! E o Estado, onde fica? Em lugar nenhum de suas obrigações, até porque ele também está metido na merda da corrupção.


Infelizmente, brasileiro tem memória curta e só gosta de publicar seu patriotismo e dignidade nacional na época da Copa. Liberação do trabalho em jogo da seleção, sim! Discussão sobre a presidência e junção de um grupo de discussão política é perda de tempo. Até onde vai o nosso patriotismo? Até onde o Dunga levar a nossa seleção.


Quanto vale ou é por quilo e juntamente com nossa sociedade mostram a hipocrisia recriada, repassada e fixada com toda certeza de estar fazendo o certo. Coloquei várias interrogações neste texto de propósito para que vocês se perguntem e avaliem - qual desenvolvimento que estamos gerando? Qual consciência social e patriota nós estamos construindo?
Deixo as interrogações por aqui ou talvez não haja mais respostas com pontos finais para elas.


Obs: Vejam o filme!


Jackeline Moreira.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Bota pra fora...


Do que esperar? Perguntinha chata e generalizada essa, hein? Esperar o que?! Profissionalmente falando, amorosamente, da vida, das pessoas ou sei lá mais o que! Terminar o curso é muito estranho, ainda mais quando o lugar que você está não é o seu lugar propriamente dito. Voltar pra casa? Isso em mim seria um sentido de retrocesso, talvez. Quatro anos e meio vivendo dentro de um ambiente, pra depois ter que sair quase desempregada. Puta merda! O final do ano está chegando e as interrogações também. E pra quem mora numa residência universitária? Vixe... o negócio piora! Se formou, 60 dias pra sair meu amigo. Algumas amigas ainda dizem que posso ficar quantos meses quiser, caso precise. Não quero! Estarei tendo uma atitude da qual eu reclamava em muita gente. E por outra questão – psicologicamente falando, isso é terrível!

Sinceramente, vou fazendo minha monografia sem esperar muito dos outros ou de planos mirabolantes. Obviamente, há planos. Mas, planejamento pra quem está numa situação parecida como a minha, são só planos e somente isso. Certezas, nenhuma! E, eu gosto de certezas, viver na incógnita é pra gente que não sabe o quer da vida.

Quando nada te prende fica mais fácil de levantar o dedo e dizer: - Irei pra onde o vento soprar mais forte. O chato é ter que reconstruir tudo que você fez aqui: amigos, laços, sentimento de lugar e quem sabe amores. Amores!!! Isso não tá muito na minha planta baixa! Isso sim é uma incerteza, pra quem é tão racional e gosta da lógica, acaba ficando sem entender muita coisa e levando muitas tapas. Ahh! Mas, viver de lamentação é uma bosta! Bom mesmo é viver pra ser simplesmente feliz. Sem falsidades, complicações, dramas. O foda é quando as outras pessoas chegam perto de você com tudo isso. Rsrsrsr... Eu fico muito puta! Das duas uma: que porra eu tenho ou que merda as pessoas estão tendo!!

Das pessoas não podemos esperar muito. É cada universo complicado que eu acabo me batendo na vida, que em alguns casos cansei de entender ou de pensar. Já não basta o que penso por mim, pensar pelos outros é pedir muito!! Quando espero algo de alguém, lá na frente acaba acontecendo algum percalço que te pega por trás, te dá uma chave de pescoço e um “pedala Robinho” na cabeça. Então, lhes digo: - Não fiquem esperando muito pelos outros. Esse negócio de amizade é muito complicado. Hoje em dia o povo é tão estranho que tudo fica complicado. As vezes eu tenho que ter reações estranhas com os outros como forma de defesa. A merda é que isso tende a se acostumar dentro de nós mesmos. Isso é o chato!

Caramba, velho! Ser adulto é muito difícil. Ainda, mais quando se quer muito da vida e você ver mais obstáculos do que pode acreditar que existam. Ter um emprego é difícil, ter alguém pior ainda, ter uma casa tá foda, ter amigos tá difícil, porque além de você ter que saber quem são os seus amigos, você tem a porcaria do tempo e do dinheiro te barrando. Porque todo mundo agora vive sem tempo pra ter 1 bilhão de dólares na poupança do banco. Ave Maria... eu não quero mais pensar nisso!! Sabe o que dar vontade? Pegar o cacete do diploma, colocar uma mochila nas costas e sair sem destino, preocupações ou previdência social. Ser alguém na vida dá muita preocupação! Ou será que sou eu que estou dando muita preocupação a vida?

Jack Moreira.

domingo, 25 de abril de 2010

Até onde vai nossa História do Papa?


Não sei se vocês acompanham diariamente o jornal ou as manchetes que saem na internet. Mas, há algumas semanas eu li uma matéria no site da Uol sobre dois ateus britânicos que pretendem abrir um processo contra o Papa Bento 16 por crime contra a humanidade.

Sinceramente, admirei-me bastante com a manchete e, posso até dizer, a audácia desses dois cidadãos perante tal ato. Não os recrimino, todavia, diante do grande emblema histórico que existe na figura do Papa, isso não deixa de ser uma audácia!

Não sou uma admiradora católica fervorosa, não sou de seguir uma religião. Ainda não encontrei a que me satisfaça. Não gosto dessa imagem e santidade existente em um homem que se diz enviado de Deus para os homens da Terra. Enfim... Se ele é enviado de Deus, eu também sou! Cada vez mais, vemos na nossa História a decadência da Igreja Católica e os podres sendo revelados como marolas no mar. Porém, essa deturpação do caráter humano que toma como parâmetro o poder Divino também é percebida na religião Evangélica, na Muçulmana, na Judia... Não vamos apenas jogar pedras na religião Católica, ou melhor, que fique bastante claro, na IGREJA CATÓLICA.

Estamos no século XXI e nos debatendo com o parâmetro de podermos até processarmos o Papa. Aquele que achamos inatingível. Até onde vai nossa História? Será que algum dia finalmente o celibato cairá e os padres poderão ter uma vida mais comum sem ficar colocando em xeque a sua sexualidade e reprimindo seus desejos? É isso que fico indagando nesse momento. A História muda freneticamente e nos vemos agora diante de um marco na religião – Católica. Estamos presenciando a queda de uma quebra de paradigmas, de tradicionalismos e até de esconderijos históricos. A humanidade não é mais tão subversiva a uma Igreja que se dizia em séculos passados ser praticamente o Estado. A democracia começa a colocar-se em presença e evidenciamos no tabuleiro de xadrez, o Papa, correndo o risco de levar um xeque-mate.

Não sei até onde isso vai chegar. Se a omissão diante de vários crimes de pedofilia da qual ele (Bento 16) é acusado, vai chegar a algo sólido ou apenas estremecido. Vemos que rezar não está adiantando muito. As pessoas cada vez mais estão discutindo e avaliando a posição dos que levam nas costas o status da Igreja Católica. Apenas sei que as coisas não vão indo bem e aos poucos os fatos se revelam. Chego a acreditar que o Papa vai ter que mudar de estratégia, só rezar não está adiantando. (Qualquer coisa, desculpem essa imagem aí, não resisti! :/)

Jackeline Moreira.

terça-feira, 9 de março de 2010

Todo dia é dia


Dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher. Dia em que todo mundo intergaláctico se lembra e se posiciona em reverenciar a mulher. Pois é meus amigos, não vou escrever homenagens by Manoel Carlos ou Pedro Bial, quero fazer esse texto de uma forma diferente. Quero ser ao mesmo tempo todas as mulheres e exigir algumas coisas que infelizmente são muitas vezes apenas lembradas no enfim dia 8 de março de todos os anos.

Porque apenas lembrar-se de mim um dia só por ano? Será que todos os outros dias eu não mereço ser reverenciada como uma dádiva e apenas tenho que ver meus rostos passarem em jornais policiais porque sofri alguma violência? Será que apenas posso desfrutar das pétalas de uma rosa no dia 8 de março?

Isso não é um sermão para os homens, isso é uma puxada de consciência para todo ser humano. Será que cada vez mais as pessoas não percebem que este dia específico é apenas um dia de consagração capitalista, um dia de um pouco mais de enaltecimento machista. Precisamos de um dia no calendário para lembrar da grande importância que nossas mães são para nós. Não quero excomungar o dia da mulher, o dia do amigo, o dia do beijo e sei lá mais o que dia! Apenas quero que passemos a prestar mais atenção em detalhes essenciais que estão na nossa frente sem a necessidade de sermos lembrado por todas as propagandas de TV.

Devemos agradecer e sermos gentis sempre. Pois, a vida é só uma e não é renovada em uma data específica. Não quero ser melhor do que o homem, mas quero ressaltar a forte magnitude que existe em nós. A forma, a feição, o sentimento, o dom de poder gerar outra vida e lhe dar alimento próprio, sem pedir ajuda as latas de leite em pó. Vejo muitas vezes vários homens ressaltar reclamações da minha pessoa: - Mulheres, quem entende!!! Não precisamos ser entendidas por completo e sim, respeitadas, acariciadas, acalentadas no afago do amor.

Tem gente que não entende como consigo dar conta dos meus 3 filhos, dar uma boa educação a todos, trabalhar fora de casa, ser respeitada perante os outros e ainda chegar em casa, dar afago ao meu amor, ser sedutora e amável com aquela pessoa que jurei amor eterno. As pessoas não entendem como consigo estudar e trabalhar ao mesmo tempo para ajudar meus pais. Conseguir sucesso próprio e dar-lhes tudo de bom e todo merecimento. As pessoas não entendem a força e coragem que tenho em ser uma policial honesta, em ver toda a corrupção de meus companheiros e não desacreditar na esperança da justiça. As pessoas não entendem o porque que entrei na política e jurei lutar pelos mais pobres de forma coerente e justa. As pessoas não entendem como a cada dia eu luto contra o preconceito, contra os olhares fuzilantes e hostis por ser negra. As pessoas não entendem a discriminação que passo por ser lésbica. Por amar e não poder demonstrar, pois se não, serei apedrejada em praça pública ou muitas vezes renegada pela minha própria família. As pessoas não entendem como dói acreditar no amor verdadeiro, no querer ser doce com alguém e sempre ter limitações devido às desconfianças, traições, covardias e decepções.

Não é fácil ser o que sou. Não é fácil ser mulher de múltiplas formas. Então!Como um pequeníssimo respaldo para tudo isso que eu passo todos os santos dias, EU EXIJO, ser respeitada de todo sempre, ser amada e acalentada, ser tratada de forma gentil e doce, ser valorizada por ser negra, branca ou mestiça, ser tida como igual a qualquer pessoa pela minha opção sexual, ouvir do meu marido, do meu namorado (a) Eu Te Amo todos os dias por todo sempre. Depois disso, de muitos dengos e mimos eu te darei o que tenho de mais essencial, o meu amor de mulher.
Valorize-me sempre que puder e a qualquer momento, que eu te valorizarei por todo sempre, Amém (que assim seja) todos os dias.

Jackeline Moreira

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Uma unicidade cultural


Como todos sabem, o mês de fevereiro em especial o carnaval tem um momento único em todo país. Eu fico impressionada no quanto isso abala todos os sentidos dos brasileiros nessa época e no quanto as pessoas se jogam na brincadeira (falo por mim também!). Mas, eu quero dar uma ênfase no carnaval de Pernambuco - Recife - Olinda - Bezerros - Pesqueira e qualquer outro.


Carnaval Pernambucano, frevo nas pontas dos pés, energia que contagia qualquer ser humano do universo. Isso voce não ver em nenhum outro lugar que não seja exatamente lá - na batida do poron ponpon!!! Diversidade cultural a noite no Marco Zero, tanta alegria para ser dividida que voce nem sabe pela qual degustar primeiro. Muita brincadeira, diversão e frevo em Olinda sem nenhum pingo de canseira ou reclamação no meio das tantas ladeiras que se sobe e desce dançando fazendo mizura na ponta do pé...


O mais lindo de tudo isso é ver os vários anos que existe o frevo e na sua vivacidade atual. Não sei explicar com tanta objetividade, só entende isso quem ama a cultura do nosso estado e o frevo tão quanto eu, mas é uma coisa congênita!Sem maiores explicações, apenas sentida.


Todo amor e devoção são expostos no último dia, na consagração da orquestra e o maestro Spok. Como diz a minha avó no interior: - Ave Maria do céu, hêta brucuta boa da gôta!!!kkkkkkk! Sem um pingo de canseira centenas de pessoas se aglomeram para vislumbrar os tantos convidados e o frevo de Spok. Não tem como não se apaixonar pelo carnaval de Pernambuco - em especial o de Recife, pois alguns infelizmente foram afetados pelo ruin axé (vale salientar que nem toda música axé é ruin).


Então é isso... Voltarei a Recife e a minha frevidade sempre que puder, pois sempre a saudade me levará pelos braços.


ps: Coloquei um videozinho com a abertura da orquestra de frevo pra voces verem. Pruveitem!


Jack Moreira



quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Para as magras


Simplesmente, adoro este cara!!! Da forma como cria, como canta, como se impõe. Além, de ser uma jóia rara da cultura nordestina.


Não havia dito isso a voces,mas vou lhes contar agora! Lenine compôs uma música para mim!!! Olha só que prepotência mais linda e exuberante!!!kkkkkkkkkkkkk! Mas é pura verdade!

Essa musica foi para calar a boca de muita gente que olha pra voce e diz: - Como voce tá magra! Todavia, estas pessoas quando fazem esta exclamação esquecem da carga de celulite fora do normal que carrega no corpo.


Enfim... a música é linda, simples e poética acima de tudo...


Quem nunca a ouviu,então, a escute.


Bons sons...


[Magra]


MOÇA

PERNAS DE PINÇA

ALTA, CORPO DE LANÇA

MAGRA

OLHOS DE CORÇA

LEVE, TODA CORTIÇA

PASSA, COMO QUE NUA

CALMA, FINGE QUE VOA

BRASA, CHAMA NA AREIA

BELA, COMO EU QUERIA

MAGRA, LEVE, CALMA

TODA ELA BELA

TUDO NELA CHAMA

SEGUE, ENQUANTO SUSPIRO

TODA, COR DE TEMPERO

CHEIRA

UM CHEIRO TÃO RARO

CLARA, CURA O ESCURO

ELA, BRAÇOS DE LINHA

DENGO, CHEIO DE MANHA

DURMO E PEÇO QUE VENHA

ACORDO E SONHO QUE É MINHA

MAGRA, LEVE, CALMA

TODA ELA BELA

TUDO NELA

domingo, 17 de janeiro de 2010

A História da Rolha!

Esse episódio aconteceu ontem numa pizzaria que fomos. A história de como se faz uma rolha! De uma forma muito mal contada eu estava entendendo que a rolha dava em árvore como se fosse um fruto.kkkkkkkkkk!!! Pense na insanidade!!!! E imagine uma situação extremamente engraçada!!! Eu chorava de tanto rir!!!!

Enfim.... Esse só foi um dos boníssimos momentos que passei com minhas queridas amigas da residencia e agregados!!!!

Ah! explicando! rolha não é fruto, apenas a cortiça que faz a rolha vem da árvore. Mas,pense como foi mal contado!!!!kkkkkkkkkkkkkkk

Jack Moreira

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Arquitetonicamente falando



Creio que 98% dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo anseiam em conhecer Brasília. Deveras estudamos esta cidade praticamente o curso inteiro.


Com toda bagagem que tenho sobre arquitetura e urbanismo moderno, realmente Brasília foi criada de uma forma única. Obviamente, alguns de vocês podem indagar dizendo que todo elemento de forma geral possui sua unicidade. Mas, vejo Brasília de uma forma mais peculiar.
Suas formas se unem de um modo congruente que dificilmente você ver em qualquer lugar. O reto, o curvo se fundem, se harmonizam. Costa conseguiu no Plano Piloto de Brasília uma limpeza e harmonia de dar inveja a qualquer Le Corbusier. E sabe qual é o mais bacana? É ver tudo isso na altura dos seus olhos e embaixo dos seus pés.


Quando falavam pra mim que Brasília mal tem calçadas, eu não conseguia acreditar. A gente só acredita quando vê mesmo! Em vários lugares eu tinha que atravessar por cima da grama, por algum canteiro central ou até mesmo por cima do guarda corpo de alguma ponte. Sem falar que a noção de espaço lá é gigantesca! Para quem está acostumado a aproveitar todo o espaço para construir algo quando se depara com vias larguíssimas, praças gigantescas, acaba perdendo a noção de tempo que se gasta para percorrer.


A cidade (a parte do Plano Piloto que foi a que conheci, não cheguei a ir a nenhuma cidade satélite) realmente foi criada para os carros. Pedestre tem pouco privilegio. Ciclovias? Não existe! E se você sair de bicicleta é pedir para ir pro céu ou inferno mais cedo! Devido a sua imponência, Brasília chama tanta a atenção. É como se dissesse: - Sou assim e pronto!


Se todo o urbanismo chama a atenção, a arquitetura não deixa por desejar. Não temos dúvida de que Niemeyer foi um dos maiores inventores e audacioso mestre da arquitetura moderna, quem disser que ele é um merda, como já o vi chamar é porque tá de ovo doído. Tudo bem que na atualidade ele vem pecando com algumas obras, os tempos mudaram consequentemente a arquitetura. Porém, contanto, entretanto, conseguir as proezas em plena década de 50 com o concreto armado daquela forma é uma coisa espetacular!

A arquitetura segue o urbanismo em grau e gênero. Imponência e magnitude são os objetivos. Isso também é visto nos prédios mais atuais, mas em minha opinião de uma forma meio grotesca. A dimensão foge um pouco da harmonia, acho que os engenheiros e arquitetos gostam de abusar do espaço que possuem, construindo, tomando de conta, no intuito de vender. Pois, obviamente esta parte se liga com a especulação imobiliária. Gente! É um absurdo o preço da terra naquele lugar! Brasília é grandiosa, Brasília é cara!

Vista com um olho arquitetônico ela se torna inesquecível. Mas, vista com um olho sociológico (até porque, arquitetura e urbanismo não foge disso) ela é crítica, paradoxal e mitológica. Enfim... quem tiver oportunidade de conhecê-la, não deixe de esperar. Navegue em suas curvas, retas, passarelas, dimensão e também a critique de forma social, congruente e fortemente política.
Jackeline Moreira

Sobre o Encontro em Brasília


Como já havia dito a vocês anteriormente (eu disse?). Minha ida a grande maquete Brasília foi para participar do Forum Mundial de Educação e Tecnologia Profissional. O evento em si fora maravilhoso. Cada pedacinho do Brasil se encontrava em Brasília, assim quando ela fora construída. Aliás isso é uma característica de lá, ter uma mistura de povos, de gostos e formar algo meio híbrido com o toque de toda cidade grande. Nunca tinha visto tanta gente reunida para participar de um Encontro sem se importar com a distancia, com gastos e realmente participar. Um exemplo, pode ser eu mesma, onde atravessei em média 2.500 km para chegar na terra dos candangos.


Gostaria que outros amigos tivessem participado. Gostaria que tivessem visto uma grande re-UNIÃO do que é discutir EDUCAÇÃO. As palestras foram ótimas, em especial a de Leonardo Boff. O foco do Forum foi sobre Desenvolvimento Sustentável na Educação (pense como isso tá na moda no momento!)


Sustentabilidade, uma palavra complexa, difícil de explicação totalmente sólida, tudo pois, sua forma pode se destrinchar em várias outras coisas. Mas, o sentido era entender o porque que nossa educação precisa se sustentar e o porque o que está sendo aplicado está tão falho.
Todos nós sabemos que tudo se transforma na base do conhecimento e percebo que temos sérios problemas em transpor a forma como esse conhecimento é repassado. Deveria ser um mandamento bíblico aqui no Brasil: Só a Educação (com “E” maiúsculo) para mudar o país. Contudo, não é o que se é visto atualmente. Tudo começa com um grande círculo doentio, vindo de cima para baixo. Os grande empreitores, os governantes, não investem de forma maciça e valorizada na educação. Consequentemente, os atores (os professores) que são indicados para transmitirem o bem, começam a fazer o mal por revolta, por desecanto, por falta de dignidade.


Percebo em grande quantidade as pessoas entrarem em sala de aula não para ensinar, mas apenas exclusivamente pensando no que isso pode lhe render financeiramente.
Calma, meus amigos! Não estou jogando pedras nas pessoas que querem ganhar o que realmente merecem. Sei que o governo faz investimentos muitas vezes superficiais e o que querem mesmo é movimentação estatística e não qualitativa. Porém, a força da corrupção capitalista quebrou o amor e dedicação em ensinar. Paulo Freire já dizia (não sei se com essas palavras), mas ensinar é uma arte de amar. O ensino público decaí junto com os professores e estudantes. E é nesta parte que percebemos a luz da mudança ter que ser acionada, imediatamente. Isso que estou falando tem que ser a nível global. O grau de sustentabilidade que querem atingir nunca vai ser alcançado se a forma que se educa não for mudada, expandida, efetivada.


Concordo plenamente com Cristovam Buarque e Maria Civiata quando falam que a educação tem que ser gratuita, pública e obrigatória (especialmente este último ponto). Só assim nossos lindos e hipócritas governantes passariam a dar mais atenção a escola pública.


Para finalizar, mas não com um ponto final devido ao fato que este assunto nunca pode ser finalizado. Vi no Forum Mundial de Educação exemplos de boa educação pública via os Cefet’s e que isto comprova a qualidade que podemos atingir. Todavia, isto ainda é só uma parcela. Não podemos esquecer da quantidade de jovens mais velhos e adultos que não tiveram acesso a uma educação de qualidade ou por algum motivo econômico tiveram que desistir. Desses percebemos fortemente os efeitos estatísticos e superficiais. E de alguma forma esses pontos tem que ser cobrados dos políticos, dos professores e dos próprios estudantes que são os atores principais desse espetáculo.


Desculpem o texto muito longo, mas esse assunto empolga muita escrita e discussão.


Jackeline Moreira