segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quanto vale ou é por quilo?


Hoje à tarde vi um filme que me recomendaram há algum tempo. Por falta do próprio tempo e ânimo do meu espírito não o havia assistido. Enfim... Pra ver esta película é necessário um pouco de consciência e discussão social. Mas, muita discussão!


Mais uma vez o cinema brasileiro fixa seu aprofundamento social e bom trabalho com este filme. Quanto vale ou é por quilo segue o parâmetro da discussão da riqueza que o pobre rende. Um filme social, assim como, a Cidade de Deus, Salve geral, Verônica e entre outros.


Coloca-se em xeque o que é feito de realmente precioso para o desenvolvimento e inclusão de um povo que vive fora da vida e cidade digna. Isso existe de verdade? Qual o real papel das centenas de Ong’s que vivem sob a miséria dos outros?


O autor retratou uma ótima associação da escravidão e práticas de assistencialismo com o que acontece na atualidade. Empreendedorismo social! Essas são as palavras certas. Uns ganham, enriquecem independente do que estão vendendo – desenvolvimento ou ser humano e constroem organizações coorporativas que trabalham vencendo seus obstáculos capitalistas na miséria e (in) dignidade dos outros.


Por que o pobre, negro, discriminado, desempregado se volta contra o seu espaço e seus semelhantes? A condição. O homem neste fator se transforma em produto designado pelo meio que vive. Justificativa totalizada? Nunca! Mas, não deixa de ser algo explicativo.


Sergio Bianchi fez exibir o que nosso Brasil faz e não mostra nos bastidores o que acontece. Infelizmente, vemos apenas ser relatada a parte bonitinha “da vontade em ajudar o pobre”. Kkkk! Para que deixar a comunidade informatizada, democrática e consciente dos seus direitos? Assim, pobre não rende. Vem aqui, toma 50 reais, um par de sandálias e fique feliz! Esse é o método.


Alguém se lembra de discutir alguma vez sobre isso? Qual o papel da Igreja, do Criança Esperança, corporações que trabalham em favelas? Alguns funcionam? Pode até ser... Olhe lá! E o Estado, onde fica? Em lugar nenhum de suas obrigações, até porque ele também está metido na merda da corrupção.


Infelizmente, brasileiro tem memória curta e só gosta de publicar seu patriotismo e dignidade nacional na época da Copa. Liberação do trabalho em jogo da seleção, sim! Discussão sobre a presidência e junção de um grupo de discussão política é perda de tempo. Até onde vai o nosso patriotismo? Até onde o Dunga levar a nossa seleção.


Quanto vale ou é por quilo e juntamente com nossa sociedade mostram a hipocrisia recriada, repassada e fixada com toda certeza de estar fazendo o certo. Coloquei várias interrogações neste texto de propósito para que vocês se perguntem e avaliem - qual desenvolvimento que estamos gerando? Qual consciência social e patriota nós estamos construindo?
Deixo as interrogações por aqui ou talvez não haja mais respostas com pontos finais para elas.


Obs: Vejam o filme!


Jackeline Moreira.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Bota pra fora...


Do que esperar? Perguntinha chata e generalizada essa, hein? Esperar o que?! Profissionalmente falando, amorosamente, da vida, das pessoas ou sei lá mais o que! Terminar o curso é muito estranho, ainda mais quando o lugar que você está não é o seu lugar propriamente dito. Voltar pra casa? Isso em mim seria um sentido de retrocesso, talvez. Quatro anos e meio vivendo dentro de um ambiente, pra depois ter que sair quase desempregada. Puta merda! O final do ano está chegando e as interrogações também. E pra quem mora numa residência universitária? Vixe... o negócio piora! Se formou, 60 dias pra sair meu amigo. Algumas amigas ainda dizem que posso ficar quantos meses quiser, caso precise. Não quero! Estarei tendo uma atitude da qual eu reclamava em muita gente. E por outra questão – psicologicamente falando, isso é terrível!

Sinceramente, vou fazendo minha monografia sem esperar muito dos outros ou de planos mirabolantes. Obviamente, há planos. Mas, planejamento pra quem está numa situação parecida como a minha, são só planos e somente isso. Certezas, nenhuma! E, eu gosto de certezas, viver na incógnita é pra gente que não sabe o quer da vida.

Quando nada te prende fica mais fácil de levantar o dedo e dizer: - Irei pra onde o vento soprar mais forte. O chato é ter que reconstruir tudo que você fez aqui: amigos, laços, sentimento de lugar e quem sabe amores. Amores!!! Isso não tá muito na minha planta baixa! Isso sim é uma incerteza, pra quem é tão racional e gosta da lógica, acaba ficando sem entender muita coisa e levando muitas tapas. Ahh! Mas, viver de lamentação é uma bosta! Bom mesmo é viver pra ser simplesmente feliz. Sem falsidades, complicações, dramas. O foda é quando as outras pessoas chegam perto de você com tudo isso. Rsrsrsr... Eu fico muito puta! Das duas uma: que porra eu tenho ou que merda as pessoas estão tendo!!

Das pessoas não podemos esperar muito. É cada universo complicado que eu acabo me batendo na vida, que em alguns casos cansei de entender ou de pensar. Já não basta o que penso por mim, pensar pelos outros é pedir muito!! Quando espero algo de alguém, lá na frente acaba acontecendo algum percalço que te pega por trás, te dá uma chave de pescoço e um “pedala Robinho” na cabeça. Então, lhes digo: - Não fiquem esperando muito pelos outros. Esse negócio de amizade é muito complicado. Hoje em dia o povo é tão estranho que tudo fica complicado. As vezes eu tenho que ter reações estranhas com os outros como forma de defesa. A merda é que isso tende a se acostumar dentro de nós mesmos. Isso é o chato!

Caramba, velho! Ser adulto é muito difícil. Ainda, mais quando se quer muito da vida e você ver mais obstáculos do que pode acreditar que existam. Ter um emprego é difícil, ter alguém pior ainda, ter uma casa tá foda, ter amigos tá difícil, porque além de você ter que saber quem são os seus amigos, você tem a porcaria do tempo e do dinheiro te barrando. Porque todo mundo agora vive sem tempo pra ter 1 bilhão de dólares na poupança do banco. Ave Maria... eu não quero mais pensar nisso!! Sabe o que dar vontade? Pegar o cacete do diploma, colocar uma mochila nas costas e sair sem destino, preocupações ou previdência social. Ser alguém na vida dá muita preocupação! Ou será que sou eu que estou dando muita preocupação a vida?

Jack Moreira.