domingo, 10 de maio de 2009

Infinito Particular


“Infinito particular”, conjunção de duas palavras que reflete a imensa sonoridade da vida, do interior de cada um. Podendo refletir as nossas buscas, os nossos medos, as nossas alegrias, a solidão que tenta nos invadir por dentro. Mas, o que desejo nesse momento falar é do fator mais infinito particular que posso conhecer que invade a alma de todo ser dessa vida. Falo do amor, do ser amado, do sentir e ser sentido. Afinal, há algo mais infinito particular do que isso? Já diz Marisa Monte em uma de suas músicas – És o pior e melhor de mim...
Paradoxo difícil de ser explicado e compreendido, quando os obstáculos e preceitos da vida influem. Ficamos na resoluta questão em viver objetivamente, em seguirmos um paradigma como ponto final. Daí eu me pergunto: - Qual é o ponto final? Até onde podemos viver uma vida, sem viver uma outra vida? Até onde nossa expressividade e palco despido (onde não estamos usando máscaras) podem ser colocados para fora? Creio que a resposta é bastante difícil de ser interlocutada. Ainda não sei até onde posso responder. Nem se vivesse 80 anos posso saber por definição.
Porém, sei que seguir de uma forma branca, sem cor, nos tira o gosto e sabor. Viver sem estar à espera, nos tira a rosa que temos dentro de si. Andar sem pensar em dividir, nos tira a solidariedade que carregamos dentro de si. Sonhar e não compartilhar, nos tira a essência que temos dentro de si. Viver sem amar, nos tira a vida que temos dentro de si.
A cada dia que passo, a cada passo que dou, reparo no que falta no caminho da vida. Desprender-se do medo quando ele aparecer, deixar ser levado quando ele aparecer, ouvir a sua palavra quando ele aparecer, sentir o seu toque quando ele aparecer. E ele, não é nada mais do que o simples e infinito particular amor. Sentimento único, indissociável que consegue ser justaposto a outros. Sentimento do qual, nunca quero que esteja longe. Pois, a sua falta transforma a vida em algo vago, seco e indolor.
Jackeline Moreira

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